Num duelo de repentistas,
rimas simples aparecem.
Se a graça é a liberdade,
deixemos que eles se expressem.
Repentista 1:
Meu amigo, trovador, me explica o que é que há?
Descobriram uma empresa só com ave de rapina.
De onde devia jorrar petróleo,
Cavaram um poço de propina
Polícia nessa gentalha,
Para punir cada traquina!
Repentista 2:
Corrupção é doença ingrata
Que nesse País assola.
A pior das endemias,
Um vírus que não se isola.
Basta abrir licitação
Que vem um e diz: “É bola!”
• Martha Gonzalez escreve às quintas-feiras
Imagem: Google Imagens
(escrito na Primavera de 2014)